quinta-feira, 28 de agosto de 2008

essa sim!

menina maravilhosa, (bem) melhor que duffy e até mallu magalhães (que, por falar nisso, não sei que porra tá fazendo nos indicados ao vmb): gin wigmore! se alguém conseguir baixar, peço desesperadamente pra me mandar!




www.myspace.com/ginwigmore



terça-feira, 26 de agosto de 2008



"when you can stop, you don't want to
when you want to, you just can't!"

there's no turning back. 
(it's a dirty world, richie. say what you want.)

nada como ver aquele senhor de cabelos loiros descoloridos sorrindo para o público e tocando as suas músicas.

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

é engraçado pensar como certos tipos de pessoas são facilmente manipuladas por rótulos e modinhas. não me refiro muito ao emo, ao punk, mas sim aos rockers e modernos. modernos entre aspas, porque eles - burros como são - nem imaginam que poetas fizeram o mesmo (e até mais e melhor) há muitos anos atrás. usar drogas para transcender, fumar e ser blasé. acho isso de uma burrice tamanha. tudo bem, faz o que tu quer, mas não acha que a revolução do século XXI está sendo feita e, por favor, não aplaudam esse tipo de atitude. não suporto mais o tipo de gente que fuma por achar que isso traz alguma maturidade ou rótulos do tipo "alternativo" e "indie" ou até mesmo "rocker". rocker, se ninguém percebeu, tem só um compromisso: com o rock 'n roll, a música. eu acho tudo isso de beber até se acabar, fumar zilhões de cigarros e beijar dois, três, uma merda. deixemos claro uma coisa: eu sou bem caretinha mesmo pra esse tipo de coisa, principalmente quando as pessoas fazem isso por fazer. se tu ficar bêbado, por exemplo, tem que ser porque bebeu muito, mas curtiu a bebida enquanto isso. tem que saber beber. não simplesmente chegar em uma festinha de 15 anos e dizer "trás mais martini" por dizer. ah, não é assim! tenho vontade de olhar bem pra essas pessoas que se acham alguém só porque estão com um cigarro na mão e dar uns tapas. desculpem-me, mas vocês não são ninguém mesmo. nem com cigarro ou garrafas nas mãos vocês aparentam alguma maturidade, ou qualquer tipo de pensamento que vá além de "é" e "aham". vocês nunca têm nada a dizer, a acrescentar ou questionar. n a d a . e isso é um saco, porque ainda tem muita gente que paga um pau desgraçado pra essas pessoazinhas. e então a gurizada toda vai lá, enche a cara e fuma até criar uma bolha no cérebro, ao invés de ler ou sei lá o que-saudável. 

por favor, salvem suas entranhas e livrem-se de tudo isso!

sábado, 23 de agosto de 2008

enquanto eu me decidia se levanta ou voltava a dormir, eu tive uma vontade enorme de saber de você. como você está, o que está fazendo, onde foi morar, o que anda sentindo. por um segundo armei um diálogo perfeito entre nós dois, um cenário, respostas e sentimentos. era um dia ensolarado, estávamos em algum lugar de porto alegre - onde eu acredito estar você. por algum motivo não enxerguei teus olhos, talvez se eu os visse saberia que tudo não passava de uma espécie de um sonho. no final eu apenas sorria, estava tudo bem. olhava pro seu rosto e via um sorriso largo com seus dentes branquinhos e o sol atrás de ti me cegando. enfim, decidi que não era a hora de me levantar. deitei, me aqueci e coloquei o chelsea hotel pra tocar.

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

eu vou.




 



domingo, 17 de agosto de 2008

"eu sou uma pessoa melhor. depois de certas coisas, obrigatoriamente tu muda. nem todo mundo faz isso pra melhor, mas no meu caso eu só evoluí. independente do que eu tenho no cérebro e no coração, independente do que eu gosto ou com quem eu falo. tudo isso pode ser decisivo para colocar um ponto final em tudo, mas comigo simplesmente não. as coisas se tornaram naturais e isso já me foge ao controle. enquanto todos querem que as coisas aconteçam pra eles, o "sucesso" cai em cima de mim sem mesmo eu querer. como as coisas mudaram. eu estou melhor. eu posso ser a melhor. não são os olhos dos outros ou seus rótulos que vão me fazer cair, eu não vou mais ser assim. desenvolvi camadas, e as que realmente valem a pena e têm algo bom pra mostrar só poderão ser vistas por quem também vale a pena. as coisas que eu adquiro pelo caminho eu aprendi que eu devo guardar pra mim. e não adianta que pessoas más venham até mim com olhos atrás de lentes escuras - do óculos da moda - escondendo seu mau caráter, porque eu posso farejar esse tipo de situação há quilômetros e também sei chutar tudo isso pra longe de mim. eu sou melhor. eu sei disso."


nem acredito que eu escrevi isso.

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

o pensamentosdeplock acabou mesmo. é engraçado pensar nisso, porque pra mim parece um transplante de órgãos: tudo funciona muito bem, obrigada, mas não é de origem seu. o pensamentos começou com a minha queda vertiginosa. assim como ela, era tudo muito rápido e as coisas mudavam rapidamente. cada dia pior.
um dia, indo então pra são paulo, meu maravilhoso tio me apresentou a clarah averbuck. li o vida de gato em questão de... 3 ou 4 dias. aquilo alí era exatamente o que acontecia comigo e me apaixonei pela mulher na mesma hora. durante a queda eu li todos os livros da clarah, o que me ajudou a desenvolver palavras de escarros cada dia mais sangrentas. eu já tinha começado o blog porque simplesmente não dava mais, eu estava me matando lentamente, pedaço por pedaço, sem me dar conta disso. colocava todos os meus pensamentos, minhas reclamações e o meu inferno pessoal naqueles textos. adotei o estado de droga, "vide bula". na época eu também lia o mate-me por favor, que com certeza mais que absoluta foi decisivo para expressar todos os meus sentimentos. lembro-me bem que eu mergulhei de cabeça no iggy e nos dolls. era um mundo novo abrindo as portas pra mim; um mundo onde eu me dava bem e esquecia aquilo de dor que corria pelo meu corpo. devorei o livro e pulei pro segundo com os dois pés afundados nas palavras daqueles profetas todos. marcava frases, citava um texto de patti smith no perfil do orkut. no meu blog também pipocavam textos do livro, falando dos junkies e das suas aventuras. era sangue e porrada pra todos os lados. ematomas tomavam conta, pequenas morte aconteciam diariamente comigo. arrumei alguns leitores, pequenos apoios de pessoas que eu jamais veria os olhos.
hoje, eu mantenho um blog apenas pra sobreviver. já caí, já quebrei, e hoje sou (re)feita de pedaços de tudo isso. a minha veia de textos escarrados adormeceu junto com a dor. o que sobraram foram os meus textos perdidos na internet e olheiras. além de memórias esquecidas que eu faço questão de lembrar.

"na verdade ninguém tomava drogas na factory, exceto andy, que tomava obetrols, aquelas pílulas de speed. [...] aquele era realmente seu lance. todos os outros se picavam na escada. mas só metedrina. éramos puristas." ronnie cutrone.
(me lembro de como citava a metedrina nos meus textos.)

o que tudo se tornou, pelas palavras do ron asheton: " o ponto de picos na fun house era o apartamento do meu irmão. tinha um quarto, um banheiro e era perfeito para se picar - um chão de ladrilho verde-escuro, uma grande mesa redonda e aquele tipo barato de forro acústico branco que havia nos consultórios médicos. Bem anos cinquenta. As paredes já estavam meio marrons, mas o pior era que os tijolos estavam todos manchados de sangue. E havia grandes pingos de sangue no chão e nas paredes, porque, quando você puxa uma agulha do braço depois de uma picada, fica um pouco de sangue na seringa e, para limpá-la, você esguicha. então eles esguicharam um monte nas paredes e no forro. Shhhhtick... sangue no teto, sangue nas paredes, uns bons pingos, como se você pegasse um revólver de esguicho e borrifasse água por lá. Foi assim por um bom tempo. Não estava tudo vermelho, só umas manchas marrons grandes e feias, mas muitas vezes havia material fresco e vermelho. Então pingava na mesa ou no chão, onde eles jogavam as bolas de algodão. quanta degradação."

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

charlie vestia uma camisa vermelha de flanela e um short jeans curto. sentia-se a rainha daquelas ruas. andava para cima e para baixo sorrindo para todos que passavam por ela. ela cantarola suas canções preferidas enquanto matutava sobre muitas coisas. charlie tinha conhecido alguns garotos legais, havia gostado de uns poucos e trocado olhares com muitos. 

charlie tinha um santuário em casa, seu próprio quarto, onde cultivava pôsters de algumas bandas, uma certa bagunça, alguns livros e tarecos de grande valor sentimental. era engraçado ver aquela menina tão cheia de vida ser tão desapegada com as coisas. a vida corria por aquelas veia de uma forma inexplicável. um certo dia, sem precisar de muitas explicações, charlie arrumou um namorado. pareciam realmente almas gêmeas, feitos um pro outro, conto de fadas, yaddayadda. seu namorado era um amante de jazz e de rock também, vivia em bares conversando com inúmeras pessoas e cantando todas aquelas canções nas quais ambos deliravam. de volta ao seu quarto, charlie e seu namorado deitavam-se em belos lençóis e passavam o dia aos beijos e com o cheiro de nag champa. era fácil se amar naqueles dias, as horas escorriam pelas mãos, fugindo do seu controle apenas se você quisesse. e charlie e seu amor rolavam pela cama, pelo chão, suavam em brancos lençóis e se lambuzavam de amor. apesar de toda aquela eloquência no ar, nunca tive reclamações de charlie. eles eram um casal silencioso. o sinal do seu amor queimava nos olhares trocados, no tocar de mãos, em cada beijo quente que eles não tinham vergonha de dar em público (seja em um show ou no canto escuro daquele barzinho). o namorado de charlie vivia com uma máquina fotográfica pendurada e captando tudo que era possível. eram sorrisos, noitadas, amigos, fogueiras, fogos, amores, camas, beijos. dividindo a mania, então, com charlie, ambos passaram a registrar momentos.
 charlie pôde ir da california a seattle em poucos dias, viver mais um pouco de coisas novas. em muitos lugares charlie seria apenas mais um menina encantadoramente sexy e linda e simpática, mas não em frisco. em frisco ela era a garota que andava pelas ruas sorrindo, irradiando uma luz contagiante. de camisa vermelha, cabelos e olhos escuros, tudo envolto por uma auro digna de califórnia. já não importava com quem ela andava ou com quem dormia; em quem pensava ou quem mantinha no coração. charlie já havia virado uma lenda naquelas ruas.

terça-feira, 12 de agosto de 2008

tenho acentos novamente.

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

amor da minha vida, daqui até a eternidade
nossos destinos foram traçados na materninade

paixão cruel, desenfreada
te trago mil rosas roubadas
para desculpar minhas mentiras, minhas mancadas

eu nunca mais vou respirar se você não me notar
eu posso até morrer de fome se você não me amar

que por você eu largo tudo
vou mendigar, roubar, matar
até as coisas mais banais
pra mim é tudo ou nunca mais

que por você eu largo tudo
carreira, dinheiro, canudo
até as coisas mais banais
pra mim é tudo ou nunca mais

exagerado,
jogado aos teus pés,
eu sou mesmo exagerado
adoro um amor inventado.