sexta-feira, 27 de abril de 2007

sem título ¬¬'

tô puta.
na verdade não tô puta. tô só meio indignada.

da onde a criança sabe o que são "infindadas noites infelizes"?
ele por acaso passa a tal das noites infelizes ouvindo músicas que traduzem toda a tua história e te fazem chorar rios, desidratar e usar um pacotinho de lenços?
ele por acaso já teve vontade de cortar os pulsos por amor?
ele por acaso sabe o que é querer que a pessoa te note, e ela até te nota, mas finge horrivelmente que sequer te vê?
ele sabe o que é passar todas as noites do resto de uma vida [a partir do então acontecido], sem validade, pedindo mais uma chance? umazinha!
ele sabe o que é desejar sempre reviver os velhos tempos? as palavras, os beijos, os momentos e os sonhos?


ele por acaso sabe o que é ter o sonho na tua mão, ver ele lindo e brilhante, e do nada, alguém sem direito nem escrúpulos chegar e acabar com ele; ainda por cima de uma forma fria e suja?
ele sabe o que é ter o tal sonho realizado e desmoronado em menos de 2 meses?

não.
ele não sabe.
porque eu tô chegando a conclusão que ele não sabe amar.
ou sabe, mas só ela. e talvez ele não a tenha tão cedo. ou a tenha, e mesmo assim não saiba amar.
então, ele sai mundo afora dando esperança e dizendo palavras milaborantementes lindas e dá um pouco de vida, um pouco de brilho nos olhos de mais alguém. então chegará o dia que ele vai destruir mais alguns coraçõezinhos.

e ele vai vagar pelo mundo, provalvelmente sem ter provado o gosto do beijo dela, ainda desejando seu abraço, fingindo ter sua presença.
igaul a mim, alma perdida que talvez também não saiba amar. ou ama demais e não desapega.
coitada dessa minha alma, dessa minha mente e dessa caixinha.
sofre, se fode, toma na cara e não aprende.
ô, kalany!

mas, antes de me ir e continuar minha crise abstinencial, tenho que finalizar esse tal de texto dizendo que NÃO, ele definitivamente não sabe o que é amar, ou, o que é sofrer. na verdade, os dois.
eu sei muito mais que bem do que é gostar de alguém sem ser amada, e dói. não digo que com ele não seja assim, sabe? ele tá pode ficar meio chateado e tal. mas ela tem vida alheia e tudo mais.
no meu caso, é só ele, meu coração e seus olhos brilhandos ao sol. e lógico, muita saudade.
ô saudade!
ç.ç

quarta-feira, 18 de abril de 2007

sinal de fogo

eu tô viva.
ainda.
sério, essas coisas do coração só podem estar brincando comigo. porque meu deus! chega delas.
elas insistem em roubar meu sono e me tirar umas lágrimas.
chega delas.

"escorre aos litros o amor"

e tchau pra internet.
cansei dela também,
e viva sua abstinência!

sábado, 7 de abril de 2007

*free hugs*

quando eu me perco é quando eu te encontro
quando eu me solto seus olhos me vêem
quando eu me iludo é quando eu te esqueço
quando eu te tenho eu me sinto tão bem

não tenha medo
não tenha medo desse amor
não faz sentido
não faz sentido não mudar
esse amor

segunda-feira, 2 de abril de 2007

"eu deixarei que morra em mim o desejo de amar os teus olhos que são doces. porque nada te poderei dar senão a mágoa de me veres eternamente exausto. no entanto a tua presença é qualquer coisa como a luz e a vida. e eu sinto que em meu gesto existe o teu gesto e em minha voz a tua voz. não te quero ter porque em meu ser tudo estaria terminado.
[...]
porque eu encostei minha face na face da noite e ouvi a tua fala amorosa. porque meus dedos enlaçaram os dedos da névoa suspensos no espaço. e eu trouxe até mim a misteriosa essência do teu abandono desordenado. eu ficarei só como os veleiros nos pontos silenciosos. mas eu te possuirei como ninguém porque poderei partir. e todas as lamentações do mar, do vento, do céu, das aves, das estrelas. serão a tua voz presente, a tua voz ausente, a tua voz serenizada."

ausência - vinicíus de moraes

domingo, 1 de abril de 2007

santo cê. santo lenine.

eu não me arrependo de você
cê não me devia maldizer assim
vi você crescer, fiz você crescer
vi cê me fazer crescer também
pra além de mim
não, nada irá nesse mundo apagar o desenho que temos aqui
nem o maior dos seus erros, meus erros, remorsos, o farão sumir
vejo essas novas pessoas que nós engendramos em nós, e de nós
nada, nem que a gente morra,
desmente o que agora chega à minha voz

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é como se a gente não soubesse pra que lado foi a vida, por que tanta solidão
e não é a dor que me entristece
é não ter uma saida, nem medida na paixão
foi, o amor se foi perdido. foi tão distraido que nem me avisou
foi, o amor se foi calado. tão desesperado que me machucou
é como se a gente presentisse tudo que o amor não disse
diz agora essa afflição
e ficou o cheiro pelo ar, ficou o medo de ficar vazio demais meu coração
foi, o amor se foi perdido. foi tão distraido que nem me avisou
foi, o amor se foi calado. tão desesperado que me maltratou.