quinta-feira, 29 de março de 2007

e a geladeira cheia de recortes de jormal

hoje eu vou colorir
as teclas do controle remotocicletas verdes vêm e vão. vão e vêm.
e vou tatuar meu rosto no teu braço que é pra quando viajar no rock 'n' roll.
hoje eu vou deitar mais cedo que é pra ver se tem alguma estrela faltando. e não vou cruzar os dedos que é pra ter certeza que eu não menti.

quarta-feira, 28 de março de 2007

falando da chuva

muitas canções já falaram da chuva
mas hoje está chovendo e é inevitável
lembro que um dia amei de verdade
meus olhos encharcados molham a cidade
saudades suas, meu amor
saudades, chuva na arquibancada inferior
todos os dias eu lembro de você
a nuvem cinza outra chuva vai trazer
pingos e a população vai pro trabalho
pingos e o professor está atrasado
e assim eu sei que vou poder continuar
a chuva é forte e demora a passar
talvez um dia você vai ficar sozinha
no meio da chuva com uma sombrinha

terça-feira, 27 de março de 2007

presente pra "ale"

cara, chega.
tu só pode tá de palahaçada comigo né.
por que que com os outros tu é o fofo e comigo tu é o estúpido ?!
chega, sabe.
me olha na cara. me olha no olho. para de fingir que tu esqueceu tudo, porque tu não esqueceu porcaria nenhuma. tu sabe quem eu sou. tu lembra dos beijos. tu lembra do dia da escada. tu lembra das idas nas salinhas do pré. tu lembra do que tu me disse. tu lembra dos teus desmaios. tu lembra das palavras. tu lembra dos filmes.
tu lembra de mim *-*
então pára!
não te preocupa que eu não vou te agarrar e te tascar um beijo. eu não vou chorar no meio de todo mundo. não vou tirar satifações.
vou falar que nem civilizada. vou puxar assunto. vou querer retomar apenas a amizade.
porque era bom demais.

e de uma vez, se entrega numa bandeija. ou com um laço vermelho.
porque é só o que tá faltando. tu tá do lado dela, teus nicks são pra ela e tuas músicas são pra ela.
se declara duma vez pra ter a bunda chutada logo! u_____u'

ai meu saco.
ai minha caixinha S:

segunda-feira, 26 de março de 2007

enquanto o caos segue em frente.

o mundo tava caindo lá fora.
a chuva chuvia de lá pra cá, de cá pra lá e acabou molhando a barra do meu pijama.
eu decidi sentar na sacada, enquanto a cidade toda pairava numa fumaça cinza e meio brilhante.
tudo parece mais mágico quando mais melancólico, não?
mas não, essa cidade não parece melancólica. muito menos mágica.
olho pra luz.
a lâmpada falhada ilumina a chuva.
ela cai tão certa do seu destino. sabe onde tudo acaba. estava nas nuvens e vai tão rapidamente pro chão. e ela não tem medo disso.
ela cai bonita, pura, e de certa forma até alegre.
queria eu ter essa certeza de chão.
firme, bonita. e tão inviolável.
inabalável e admirável.
eu queria muito ser assim.
deixar as nuvens sem medo, sem preocupação.
e cair pura do céu.

mas então, eu sentei na sacada.
com uma caneca grande de café quente na mão, a fumaça embaçando o óculos já todo sujo.
mas de que adiante o óculos limpo e a mente suja? os olhos vendados?
nada.
então eu olhava pra fumaça. lembrava de tudo.
tudo tão bom.
a chuva avançava nas minhas meias. alguém se importa?
as coisas eram tão boas. os beijos eram tão longos. e tudo acabou assim, por uma conversa. uma tarde cansativa com mil idéias na cabeça. um beijo, uma última entrega. tanta leveza num momento só.
e se foi. passou. a lembraça tarda, falha mas continua lambendo a ferida.
os momentos ficam. as canções continuam aqui. os pensamentos evoluem. as cobertas mexem, caem e voltam pro corpo gélido. os olhos não amanhecem, não dormem, continuam cegos pro mundo, olhando os rasgos por dentro.
o café estava esfriando, trate logo de acabá-lo.
a chuva aumenta.
os raios e os relâmpagos aumentam. os trovões? eles são que nem o reecontro. a gente sempre espera, nem sempre vem. o meu trovão nunca chegou.
virou escuro. o café acabou. de um lado luzinhas redondas de natal que não foram tiradas piscam descompassadamente. do outro lado, o poste com a chuva.
eu cansei de olhar, de lembrar, de desejar, de ter, se ser. de viver.
fechei a janela e fui dormir.

"é como se a gente não soubesse pra que lado foi a vida, por que tanta solidão... e não é a dor que me entristece, é não ter uma saída nem medida na paixão. foi, o amor se foi perdido. foi tão distraído que nem me avisou. foi, o amor se foi calado. tão desesperado que me machucou. é como se a gente presentisse tudo que o amor não disse, diz agora essa aflição. e ficou o cheiro pelo ar, ficou o medo de ficar vazio demais meu coração. foi, o amor se foi perdido. foi tão distraído que nem me avisou. foi, o amor se foi calado, tão desesperado, que me maltratou"

domingo, 25 de março de 2007

eu vejo que aprendi, quanto te ensinei.
e nos teus braços que ele vai saber.
não há por que voltar, não penso em te seguir.
não quero mais a tua insensatez.


o que fazes sem pensar aprendeste do olhar e das palavras que eu guardei pra ti.
não penso em me vingar, não sou assim.
a tua insegurança era por mim

não basta o compromisso, vale mais o coração.
já que não me entendes, não me julgues, não me tentes.
o que sabes fazer agora veio tudo de nossas horas.
eu não minto, eu não sou assim.
ninguém sabia e ninguém viu que eu estava a teu lado então.

sou fera, sou bicho, sou anjo e sou mulher.
sou minha mãe e minha filha, minha irmã, minha menina.
mas sou minha, só minha e não de quem quiser.
sou Deus, tua deusa, meu amor.
alguma coisa aconteceu
do ventre nasce um novo coração.

não penso em me vingar, não sou assim.
a tua insegurança era por mim.
não basta o compromisso, vale mais o coração.
ninguém sabia, ninguém viu que eu estava ao teu lado então.

sou fera, sou bicho, sou anjo e sou mulher.
sou minha mãe e minha filha, minha irmã, minha menina.
mas sou minha, só minha e não de quem quiser.
sou Deus, tua deusa, meu amor.
baby, baby, baby, baby

o que fazes por sonhar é o mundo que virá pra ti e para mim.
vamos descobrir o mundo juntos baby.
quero aprender com o teu pequeno grande coração.
meu amor, meu Chicão.